Memórias e Ruínas

O que uma casa guarda em suas paredes? Quais histórias ela pode contar? Quantas festas e momentos de felicidade aconteceram ali, e quantas pessoas já estiveram reunidas em um mesmo lugar? Essas são as perguntas que movem o artista a explorar a casa de seus avós paternos.

Crescendo ao lado dessa casa, o artista vivenciou momentos simples e de afeto: as tardes de café com a avó, o cuidado com o jardim, o crochê. Após sua partida, a casa, que já havia sido palco de tantas memórias, começou a se transformar em ruínas, um espaço vazio do que um dia foi.

O vínculo com o passado desperta o interesse do artista por gravações antigas feitas por seu tio, que registraram as festas de família nos anos 2000, quando ele ainda era criança. A alegria desses registros em cores contrastam com a imagem melancólica da casa atual, em preto e branco, marcada pela passagem do tempo.

Essa obra une o passado e o presente, trazendo à tona o contraste entre as memórias de felicidade e a realidade da decadência do espaço. Ela convida à reflexão sobre o que o tempo e a perda fazem com as histórias e os lugares que amamos.